Introdução
Você que segue o nosso projeto no YouTube vai conhecer detalhes sobre como nasceu e cresceu o projeto do Traduções BR, e porque ele é um dos maiores canais de legendas em PT-BR de Rap e Hip-Hop.
É tanta coisa pra explicar sobre, que vou fazer por partes, então se acomoda aí, prepara um lanche (coisa leve pra não engordar) e vem… opa! Esse jargão não é meu! Leia os tópicos abaixo, pronto, simples.
O que é o “Traduções BR”?
Em poucas palavras: É um projeto para legendar vídeo-clipes e músicas da era de ouro do Rap e Hip-Hop norte-americano que compreende entre 1987-1997. Sim, eu sei, não foi em poucas palavras…
Como nasceu esse projeto, “Traduções BR”?
Como acontece na maioria de outros projetos, seja ele de qualquer natureza no YouTube, ele começa com um cara que assistia ao vídeo de outro YouTuber e simplesmente teve a idéia genial de fazer um projeto igual ao do cara que ele assistia, entenderam? Não?
Basicamente eu assistia outros canais de legenda no YouTube e achava que a maioria (95% delas) não correspondiam a música a qual eu escutava (basta saber entender um pouco de inglês falado que você percebe isso). Eu assistia aos canais do CurlyTheBoss (hoje Kid Curly), JeffKillerLegendas (Encerrou Canal), RicardoLegendas (Encerrou Canal), gunitlegendas (eu o ajudei a fundar o canal, porém ele parou de postar), NTNLegendas, PacsLifeBR (um dos melhores canais dedicados ao 2Pac), Rodrigo Rosa (parou de postar), EazyNation (me ajudou bastante no começo do canal) etc. Se eu ficar tentando lembrar de cada um aqui, vou digitar uma bíblia inteira.
Esses canais que citei eram o que possuíam qualidade excelente de legendas, mas o que me moveu a criar o canal (minha conta do Google é de 2008), foram as legendas “CTRL-C + CTRL-V” do Google Translate (Hoje o Tradutor do Google). Legendas sem revisão, com fontes cobrindo o vídeo, com uma cor ruim de ler, com sincronização ruim, enfim, tudo errado!
Então certo dia em 2010, nasceu o “Traduções BR”!
Quando você descobriu o Rap e Hip-Hop?
Lá em meados de 2004, com meus imponentes 12 anos de idade (sim, eu não tenho mais de 30 anos), época de grandes sucessos como “Wonderful” do Ja Rule, “Yeah” do Usher, “My Place” do Nelly, “Lean Back” do Fat Joe, “My Boo” do Usher, etc., singles que foram sucessos enormes nos EUA e também no Brasil, eu comecei a tomar gosto pelo Hip-Hop (o estilo musical, não a cultura no geral). O primeiro single destes citados que eu vi e ouvi foi “Wonderful” do Ja Rule na MixTV (e posteriormente na MTV Brasil).
E quando você passou a se aprofundar no Hip-Hop?
Eu então passei a selecionar as músicas que para mim tinham estilos semelhantes, e foi quando eu comecei a me aprofundar no estilo do Hip-Hop, e desse aprofundamento eu conheci os rappers e grupos: Ja Rule (o primeiro), Fat Joe, 50 Cent (apesar de ser mais para Rap do que Hip-Hop), Ciara, Missy Elliott, Black Eyed Peas (da época de “Elephunk” e “Monkey Bussiness”), Usher (embora seja mais R&B ele também puxa para o Hip-Hop), etc.
Depois de conhecer o Hip-Hop, você automaticamente passar a conhecer a cultura e suas vertentes, e foi aí que comecei a escolher o estilo mais “chamativo” para mim. Daí pra frente conheci rappers como 2Pac – eu mal curtia as músicas dele, tinha 5 faixas dele e olhe lá, mas hoje tenho 76 músicas só dele no Windows Media Player, “Ahhh mais dá pra escutar tudo?”, tudo não, mas, volta e meia eu acabo parando pra escutar aquelas que não ouço com freqüência -, The Notorious B.I.G. – o gordinho de Bedstuy que tem um flow absurdo -, NaS – o monstro lírico -, Ice Cube – um gigante e um dos últimos O.G.’s -, Dr. Dre, Snoop Doggy Dogg, Tha Dogg Pound, blá-blá-blá… Dá pra escrever um pergaminho inteiro sobre cada um deles.
Esta vertente ao qual citei mais em cima é conhecida como Gangsta Rap, a vertente mais hardcore da cultura hip-hop. Outras vertentes são: G-Funk (Gangsta Funk), HorrorRap (conhecido também como Rapcore ou Horrorcore, pouco difundido, mas um bom exemplo é esse vídeo), Slow Funk, Hardcore Hip-Hop, etc, etc, e etc.
Qual o melhor rapper pra você? E grupo?
Novamente são perguntas difíceis de responder… Existem várias maneiras de se definir um bom rapper… É preciso ter conteúdo lírico, ter identidade própria, ter estilo próprio, etc…
Falando do meu “favorito”, poderia citar mais de um, mais nesse caso vou subdividir em duas partes. O favorito pra mim é Ice Cube pelo estilo de rap pesado e conteúdo lírico excelente, além de ele sempre estar adaptado a época em que ele se encontra, saindo do Gangsta Rap em 1987 até o estilo Político de Rap (difundido principalmente pelo grupo Public Enemy) em meados dos anos 2000. No contexto geral Tupac Shakur é o melhor rapper da história com honras e glórias, para mim de forma – praticamente – indiscutível. O conteúdo, temática, estilo e principalmente carisma – sim, rappers também possuem “carisma” –, para com o seu público.
O melhor grupo – calma, abaixem os ancinhos e suas tochas! – é pra mim, o Bone Thugs-N-Harmony de Cleveland, Ohio. Um grande achado feito por Eazy-E (ex-membro do N.W.A.), que colocou o grupo no mapa do rap, sendo inclusive o único grupo a ter participado de uma faixa com 3 dos maiores representantes do Gangsta Rap mundial: Eazy-E em “Foe Tha Love of $” em 1994, 2Pac em “Thug Luv” em 1996 e The Notorious B.I.G. (não que o estilo de Biggie assumisse literalmente o Gangsta Rap) em “Notorious Thugz” em 1997.
Muitos devem estar pensando, porque não Wu-Tang Clan? “Ahhhh é opinião dele, e tals…” Não é só isso, eu prefiro muito mais o individual do Wu-Tang do que o conjunto, Method Man, Ghostface Killa, RZA, etc.
Qual a melhor faixa que você ouviu? E qual a pior?
Essa pergunta é realmente complicada de responder… Porque a mesma medida que existem faixas excelentes, existem também aquelas das não precisamos citar (hihihi)…
A melhor faixa, pra mim, num contexto geral é J.Flexx com participação Tenkamenin (conhecido como Tha Realest), “A Change To Come”, por falar de uma época tão movimentada no Hip-Hop quanto foi os anos 90. O contexto geral daquela música explica muito bem o que era o gueto e a indústria musical com relação ao Rap. Uma boa citação da faixa é “Orquestram uma guerra entre o Oeste e o Leste / Matam uma estrela antes do seu próximo lançamento… “.
Esta citação refere-se diretamente a batalha entre as duas Costas pelo domínio do cenário do Rap, alegando que ela foi armada pela mídia para aumentar as vendas dos grandes astros de cada lado. Já a outra parte refere-se a Tupac Shakur que foi assassinado em 7 de setembro de 1996 ou ainda ser uma alusão tanto a ele quanto a The Notorious B.I.G. assassinado 6 meses depois. Tupac estava se preparando para o lançamento do seu segundo álbum no ano (o primeiro havia sido o disco duplo “All Eyez On Me”), nesse caso “The Don Killuminati: The 7 Days Theory”.
A pior faixa… Hmmmm, complicado mais ainda, não sei por onde começar! Talvez a pior faixa que eu ouvi foi “Fuck Compton” do Tim Dog. Tim Dog tava puto com a mídia norte-americana pela superexposição da Costa Oeste depois do N.W.A. ascender à fama em 1988 com “Straight Outta Compton”.
No início dos anos 90 a Costa Oeste dominava as rádios e canais musicais como a MTV, eles tinham uma nova vertente do Hip-Hop e do próprio Rap: o Gangsta Rap. Representados por N.W.A., Ice-T, Ice Cube, 2Pac, Spice 1, etc., a Costa Leste estava sem um representante a altura, limitados ao estilo clássico de Run DMC, KRS-One, Public Enemy, Boogie Down Productions, etc., o Hip-Hop. A Costa Leste só viria a ter um representante de ofício com The Notorious B.I.G., NaS e Mobb Deep em meados de 1994.
Tim Dog decidiu atacar ao N.W.A. (por ser a principal referência na época) e sobrou até pra cantora de R&B Michel’le. A faixa é ruim do início ao fim, letra ruim, flow ruim, versos desconexos, e de quebra uma imitação ridícula de Tim Dog em relação a Michel’le. Quando eu a traduzi me arrependi mais ainda de ter escutado, e não porque foi difícil de traduzi-la, e sim por ficar mais evidente que a tentativa de Tim Dog em conseguir alguma atenção foi TOTALMENTE ignorada pela mídia e pelos outros rappers da Costa Oeste.
Passado todo o período de aprendizado sobre o Hip-Hop, como foi o início do canal?
Como todo novato em qualquer coisa, você deve ter uma coisa em mente: As críticas vão ser sempre pesadas!
Quando se começa a mexer com tradução e legendagem de vídeos você deve ter um cuidado absurdo em todos os sentidos. Cor da legenda, tamanho e tipo de fonte, sincronização, qualidade do vídeo, etc…
Meu vídeo mais antigo no canal atualmente é este, – muito embora eu tenha vídeos de backup mais velhos que este -, o vídeo mais antigo no meu backup é “Chingy – Fly Like Me” (inclusive, Chingy foi um dos primeiros rappers que eu legendei) de 15 de setembro de 2010, obviamente, o vídeo mais antigo que eu me recordo é de provavelmente Fevereiro ou Março de 2010 quando comecei a legendar pro curiosidade e somente lançando no canal no fim do mesmo ano.
Quais as maiores dificuldades em traduzir?
Diferente de outros estilos musicais, o Rap, Gangsta Rap, G-Funk, enfim, esses estilos do Hip-Hop possuem letras não-literais, ou seja, letras da qual não basta você “jogar” no Google Tradutor e pensar que fez uma tradução, envolve contexto, interpretação e principalmente MALÍCIA!
Eu sendo novato, não entendia porcaria nenhuma de gírias norte-americanas, e a dificuldade foi imensa para fazer uma legenda “entendível” (veja este exemplo, ficou “Óh, uma bosta!”). Como resultado de minha brilhante idéia de criar um canal de legendas no YouTube vieram as enxurradas de críticas e eu era burro o suficiente pra tentar argumentar (jogando a culpa para quem assistia!) sobre os erros na legenda!
E a parte de legendagem, qual é a dificuldade?
Vou ser bem direto nesse caso, exemplos:
– Tradução
– Sincronização
– Qualidade do Vídeo
– Plano de Fundo Agradável a Legenda
Por favor crianças, não façam isso em casa sem o auxílio de um Gangsta Rapper ou de um MC!
Qual o rapper/MC mais difícil de se traduzir?
Essa pergunta é muito vaga pra se responder… Depende muito do contexto, do estilo e principalmente a mensagem que ele quer passar…
Há aqueles que rimam muito rápido (às vezes incompreensível), que usam gírias não-comuns (algo que faz parte do próprio estilo do rapper/MC) e que principalmente tem uma lírica complexa, porém, muito interessante de se ler.
Alguns exemplos disso são:
– Snoop Dogg: ele usa bastante o sufixo “-izzle”, às vezes, deixando a palavra irreconhecível. Exemplo: “nizzle” significa “nigga”; “yizzle” significa “year”; “trizzle” significa “three”, “shizzle” ou “fo’ shizzle” significa “pode crer” ou “isso aí” (muito embora, shizzle seja usado também por outros rappers) etc. Estes são os exemplos mais recorrentes nas letras dele, mas existem outras mais complexas que dependem do contexto.
– NaS: ele é reconhecido mundialmente como um dos maiores letristas da história do Hip-Hop, e por isso traduzir suas letras é um desafio a mais que os outros. Letras como em “NaS Is Coming…”, “It Ain’t Hard To Tell”, “The Message”, “Got U’r Self A…”, “Halftime”, etc., possuem frases que são difíceis de se entender mesmo lendo em inglês e depois de ser passada pelo GTranslator. É nesses momentos que recorro ao site do “RapGenius.com” para ter uma explicação mais aprofundada do que aquela linha significa, para aí sim, dar uma tradução correta e se encaixe ao contexto do resto da letra.
– Outros rappers/MC’s e padrões:
Novamente depende do contexto e principalmente de onde o rapper/MC vem, e qual cidade ele nasceu. Na Costa Leste, em New York mais precisamente, “$20 sack” significa “pacote de cocaína de 20 dólares”; já na Costa Oeste isso é conhecido como “quarter ounce” ou “pound”; No Sul dos EUA eles usam ambos os termos.
A palavra “arma” dificilmente é utilizada em sua forma original “gun”, geralmente sendo referenciada como “strap”, “chrome” ou “biscuit”. Quando se especifica o calibre da arma, em grande parte dos casos sendo pistolas, temos: “duece-duece” (calibre .22), “thirty-eight” (calibre .38), “thirty-five-seven” (calibre .357 Magnum), “fourty-four” ou “Mag 44” (calibre .44 Magnum), “Nine” ou “Nina” ou ainda “Ninelitter” (Pistola 9mm), “fourty-five” (Pistola .45 ACP), “Desert” ou “Eagle” (Pistola Desert Eagle .50), “Glock” ou “fourty” (Pistola austríaca Glock .40), “hollowtips” (geralmente refere-se ao calibre .44 de ponta-oca que causa um dano maior que o padrão), “Mac” (pode se referir a Submetralhadora Mac-10 ou Mac-11 de calibre 9mm), “Tec” ou “Tech” (Submetralhadora Tec-9 de calibre 9mm), “AR” (Fuzil de Assalto AR-15), “AK” (Fuzil de Assalto AK-47), “12-gauge” ou “gauge” (Escopeta/Shotgun calibre 12 pump-action) etc., sendo estes os exemplos mais usados.
E qual a melhor parte de fazer uma legenda?
Todo processo é a diversão, a parte boa é o conjunto desde de você encontrar o vídeo (ou criá-lo) até postá-lo no YouTube. A dificuldade mesmo se resume ao início para aprender as malícias e entendimentos das gírias do gueto americano, e não dá pra você ter uma certeza em 100% do que você traduziu, por que isso varia de estilo para estilo e de rapper para rapper. Uma frase rimada pelo 2Pac pode não significar a mesma coisa se rimada pelo NaS.
Quais as ferramentas que você usa para fazer uma legenda?
Eu no meu caso prefiro facilitar a legendar do que tentar dificultá-la independente do ritmo cantado.
– Vídeo: eu uso o Sony Vegas, o melhor nesse quesito na hora de criar e editar um vídeo. Às vezes é necessário usar o VirtualDub para corrigir tamanho, qualidade e imagem do vídeo de forma mais simples
– Tradução: O bom e velho Google Translate. Mas não fique limitado a ele, tente entender por si próprio a frase em inglês, escute a música, leia a letra, mas não aceite a tradução literal do Tradutor do Google.
– Significados e Expressões: Os melhores para mim são “Rapgenius.com” e “Urbandictionary.com”. Eu não os conhecia e por isso apanhava muito na tradução da maioria dos meus vídeos e graças a sugestão de um dos inscritos do meu canal, passei a usá-los sempre que me surge uma dúvida.
– Áudio: uso o Sony Sound Forge, que assim como o Vegas, é o melhor para edição de áudio.
– Imagens: eu uso o CorelDraw (fazendo o básico da imagem) e o Adobe Photoshop (para finalizar os efeitos).
– Legenda: Muita gente curte fazer o trabalho braçal literalmente, colocando a legenda de modo manual no vídeo, indicando o tempo que ela deve aparecer e desaparecer, mas isso quase nunca dá exatamente como se deseja principalmente num estilo como rap que utiliza de linguagem rápida. Para resolver isso, eu acabei encontrando um programa simples e fácil de se utilizar: O DivX Land Media Subtitler… Achou o nome grande? Coloca no oráculo Google “DivX Land” e seja feliz.
– Compilação de Vídeo: Beleza, fiz a tradução, legenda, tenho o vídeo, mas como eu coloco a legenda dentro do vídeo? A resposta é simples… Pergunte ao GOOOOOOGLE! O programa mais simples e fácil de usar para esse tipo de ação é o AVI Recomp. Ele compila (junta o vídeo e legenda num só, tornando um novo vídeo com a legenda embutida), redimensiona, modifica o áudio, tamanho da legenda, marca d’água, etc., o único problema é que ele só aceita vídeos em *.avi, forçando eu a converter vídeos em qualidade original para o *.avi.
Como foi lidar com as novas diretrizes de direitos autorais do YouTube?
Ela pegou muitos canais grandes de surpresa – um deles foi o canal do JeffKillerLegendas –, principalmente os canais de legendas, foi um pânico em massa! Até meados de 2011 e 2012, você podia postar videoclipes e músicas (em forma de vídeo) no YouTube sem maiores problemas, num entanto isso mudou drasticamente.
As grandes gravadoras norte-americanas (Sony, UMG, WMG, etc.) estavam cansadas dos vídeos oficiais de seus artistas serem replicados dentro do YouTube sem o devido direito a qual eles deveriam ter (inclusive eu, haha). Os canais com conteúdo sob direito autoral passaram a ser notificados e em seguida excluídos em caso de grande quantidade desse tipo de conteúdo. Seu canal no YouTube atualmente tem direito a receber 3 notificações dos reclamantes de direito autoral, chamado de strike.
A primeira notificação é para avisar que seu canal está sendo observado, a segunda significa que você está em risco de exclusão, a terceira o YouTube coloca seu canal para exclusão em 24 horas (pra ser sincero, não sei ao certo, sequer li estas regras, hihihi) caso o conteúdo não seja excluído.
O JeffKillerLegendas – que eu já citei inúmeras vezes – utilizava algumas artimanhas pra manter o vídeo no ar: Espelhava o vídeo (invertia a imagem esquerda pra direita), modificava o áudio (adicionando pitch), espelhava + modificava o áudio e por fim disputava o direito pelo vídeo, neste caso o pior erro.
A disputa por conteúdo do YouTube serve para grandes canais que tiveram seu conteúdo marcado por strike sejam reivindicados e autorizados sem problemas, desde que, você tenha autorização necessária para tal.
Não vou ser hipócrita e dizer que não usei das mesmas artimanhas para manter meus vídeos no ar. Dos 10 vídeos mais assistidos do meu canal, 8 eu tive que excluir (totalizando 3.370.154 – isso mesmo, quase 3,5 milhões de visualizações – ou ainda 28,3% das visualizações dos vídeos canal) por que eles colocavam meu canal em risco de exclusão. Meu canal chegou a contar com 234 vídeos, hoje flutua entre 185 a 190 vídeos (volta e meia eu tenho que excluir ir um por entrar nessa zona de risco).
O sinal de alerta foi ligado quando recebi o primeiro strike do canal e ali realmente percebi que era necessário tomar cuidado com essas diretrizes do YouTube. Removi todos vídeos bloqueados para limpar minha conta. Atualmente minha conta tem um strike e liberada para todos os recursos do YouTube, como miniaturas de vídeo, conteúdo patrocinado, anotações para fora do YouTube e… Monetização. “Ahhhh, quer dizer que você faz dinheiro com vídeos?”; Não, eu não posso monetizar o canal a menos que o conteúdo seja de total autoria minha, e mesmo que o fizesse meu canal seria excluído rapidinho por causa das grandes gravadoras.
Qual é o futuro da “Traduções BR”?
Transformar meu projeto de apenas legendas no YouTube numa grande comunidade de traduções exclusiva de Hip-Hop, a primeira da história, onde a comunidade iria passar a encontrar álbuns completos traduzidos e/ou legendados; onde poderão também tentar explicar o significado de uma linha, refrão ou verso inteiro; falar sobre o background do faixa, do álbum ou do próprio artista; Sugerir traduções; Correções em traduções já feitas; Enviar traduções, etc.
E o que falta para isso acontecer?
Basicamente, o bom e velho material humano. Não tem como fazer um bolo sem os ingredientes necessários, é necessário que tudo esteja lá pra que o tal bolo saia da tigela, passe pelo forno, receba os confeitos e efeitos e finalmente seja dado como “pronto”.
O projeto tem 4 anos e vai pra já para o 5º ano, com apenas um contribuidor (durante certo tempo tive um contribuidor que traduzia e fazia as legendas, o Juninho Nunes, que alguns meses depois lançou seu próprio projeto, o gunitlegendas, com meu apoio), então fica meio difícil você fazer algo tão grandioso e coordená-lo sozinho, por isso penso em como vou conseguir fazer o projeto ir pra frente.
Considerações finais
Se você leu essa bíblia até aqui descendo com a setinha do teclado, o scroll do mouse ou usando a barra de rolagem, muito obrigado! Você acaba de ganhar… Nada!
Brincadeira galera, muito obrigado por você ter tirado um tempo para conhecer mais profundamente meu canal e me apoiar nesses 4 anos de existência, rumando de vento a popa para o 5º, 6º, 7º… 10º ano, enfim, continuar a tentar trazer sempre o melhor conteúdo possível em legendas de Hip-Hop não só para o YouTube (por inúmeras limitações), mas também a Internet onde fique fácil da pessoa que curte esse estilo musical tão grande quanto ele é.
A “Traduções BR”, não, eu Elisame Araújo criador e único colaborador desse projeto agradeço de coração mesmo este apoio, e que o projeto não tenha mais interrupções, e possa se tornar uma comunidade de letras traduzidas exclusivamente de Hip-Hop!