[Verso 1]
Eu não adoro o diabo, mas ele me adora
Eu fui preso por pecar, então entrei com um apelo de culpa
Eles disseram que eu representava um perigo grande
Me sentenciaram a morte e me levaram pra câmara de gás
Você só pode ser maluco, ou tá chapado pra caralho
Me colocar numa câmara de gás não é nada além duma piada
Aí, eu limpei minha garganta, ri, e depois eu falei
"Como caralhos tu vai me matar quando eu já tô morto?"
Eu sou um cadáver ambulante, criminalmente insano
Eu vou estourar teus miolos e aí comer o seu cérebro
Nascido pra matar, cruel, lunático
Eles me enviaram pro inferno e o diabo não me suporta
De onde eu venho 'cê tem que tá sempre ligado
South Central, L.A., é como a porra dum cemitério
É como entrar numa zona de conflito
As placas de ruas nas esquinas não são nada além de uma lápide
Marcando o local onde você morrerá lentamente
Eu me encontrei com o neguinho que eu matei 3 anos atrás
É tarde demais pra tentar ser meu amigo
Eu saquei ligeiro, apertei o gatilho, e matei ele de novo
Grana em segundo plano, assassinato vem primeiro
Minha cama é um caixão, meu carro é um carro funerário
Vivendo em L.A. é viver no limite, porque
Ninguém tá a salvo vivendo na Terra dos Mortos-Vivos
[Verso 2]
É uma zona morta, e tudo é assustador porque
Coisas estranhas acontecem quando você vive num cemitério
Num minuto tu é forte como aço
A próxima coisa que tu percebe é que tá duro feito pedra
Morto como um objeto qualquer, terminado, acabado pra sempre
Mas sempre há espaço no cemitério para mais um
E quando tu for enterrado, eu não demonstrarei remorso
Eu vou desenterrar teu corpo e bater na porra do teu cadáver
Porque eu sou um pesadelo, um assassino sem controle
Fode comigo e mano, cabeças vão rolar
Não acredita em mim? Bem, quanto tu quer apostar?
É melhor você ir jogar uma roleta russa
Algumas pessoas dizem que só os fortes sobrevivem
Mas mesmos os fortes tão tendo dificuldade pra permanecer vivos
Em South Central, a morte se esgueira pela noite
Não fique surpreso se você ver alguém pendurado num poste
Isso não é uma história, mano, não tô de caô
Neguinhos andam por aí com braços, pernas e cabeças faltando
Mortos-Vivos com seus cérebros pra fora
É disso que se trata a vida na Eastside
[Ponte]
— Das cinzas as cinzas e do pó ao pó
— Coração cheio de vermes, o rosto todo desfigurado
— Se você tá vivo, não deixe isso tomar sua mente
— Porque a morte vem ligeiro na Terra dos Mortos-Vivos
[Verso 3]
Eles dizem pra ter cuidado com AIDS, esqueça o que eles disseram, cara
AIDS não tem feito sobre um homem morto
Então vá em frente, tu pode fuder qualquer vadia
Mas tu pode arrumar algumas larvas no teu pau
Porque as vadias tão mortas assim como todo mundo
E se você não pensou isso, você será mais uma vítima
Não me entenda mal porque ela parece bonita, mano
Mas o tempo todo ela não era nada além de um zumbi
Procurando por outra vítima para poder atacar
Ela é um perigo mortal, então fique longe delas
É a Terra dos Mortos-Vivos, você se esqueceu?
Ela pode ser gostosa, mas a buceta dela tá apodrecida
Ela carrega doenças como rato carregam a raiva
Volta pra casa dela, ela tem pelo menos 10 moleques
Um monte de moleques bastardos sanguessugas
Prontos para crescer na terra do desastre
E quando eles crescerem isso não vai dar bom
Eles serão aqueles que roubam, assaltam e matam durante a noite
Pode acreditar, mano, tu escutou o que eu disse
É assim que é na Terra dos Mortos-Vivos