Resumo
"Me Against The World" - é o terceiro álbum de estúdio do rapper Tupac Shakur. Este álbum constantemente relembrado pelos fãs e críticas como o álbum mais sólido do rapper, com letras reflexivas e temas abertos sobre a comunidade negra de maneira lírica esplendorosa. Além disso, Me Against The World é referenciado pelos críticos como o divisor de águas na carreira do rapper.
Em 1994, Tupac, aos 22 anos, já era um rapper proeminente e ao mesmo tempo, polêmico. Seu anterior havia recebido Disco de Platina (por mais de 1 milhão de cópias vendidas), entrou no top 25 da Billboard 200 e ainda dois singles deste mesmo álbum receberam certificação de Ouro (por mais de 500 mil cópias vendidas): "I Get Around" e "Keep Ya Head Up".
De acordo com Shakur, Me Against the World teve como objetivo mostrar ao público de hip-hop seu respeito pela forma de arte. Shakur propositalmente fez as letras serem mais pessoais e reflexivas do que antes. Isso foi amplamente atribuído à crescente maturidade de Shakur e talvez um esforço para se reconciliar com seu passado conturbado.
Lançamento
Lançado em 14 de Março de 1995, novamente sob o selo da Interscope Records, estreou como um hit instantâneo. Foram mais de 210 mil cópias vendidas apenas na primeira semana de lançamento. Isso rendeu ao álbum a primeira posição - pela primeira vez na carreira do rapper - tanto na US Billboard 200 quanto na Top R&B/Hip-Hop Albums, ficando nessa posição por 4 semanas consecutivas. Em 6 de Dezembro de 1995, o álbum já havia sido certificado como Platina Dupla, por mais de 2 milhões de cópias vendidas. Até 2011, mais de 3,5 milhões de cópias do álbum já haviam sido vendidas.
Recepção da Crítica
O álbum foi aclamado pela crítica como sendo o trabalho mais consistente de 2Pac até então na sua carreira.
A Rolling Stone disse:
É uma obra de dor, raiva e desespero ardente, sendo a primeira vez que 2Pac lutou com forças conflitantes levando seu psique ao máximo.
O Chicago Sun-Times disse: Este último álbum de 2Pac mistura a dureza da vida nas ruas com a ternura. 'Fuck The World' e 'It Ain't Easy' denunciam a raiva e o desespero, no entanto, outras faixas demonstram a fragilidade interna por cima do duro colete do rapper. 'Dear Mama' é um tributo de tirar o fôlego a sua mãe Afeni Shakur, 'Lord Knows' revela considerações desesperadas sobre o suicídio e 'So Many Tears' pondera sobre um mundo impiedoso que destrói a vida dos jovens. 2Pac inclui até um grito a Robert Sandifer, cuja vida foi tomada durante um tiroteio brutal. Depois dos lançamentos anteriores que careciam de foco e consistência, neste, finalmente é apresentado um projeto polido de auto-exame e comentário social. Chega a ser irônico que este álbum tenha chegado assim que sua setença está começando.
O AllMusic escreveu:
Gravado após seu quase tiroteio fatal em Nova York e liberado enquanto ele estava na prisão, 'Me Against the World' é o ponto onde 2Pac realmente se tornou uma figura lendária. Tendo encarado a morte de frente e sobrevivido, ele era um homem mudado naquele momento. Exibia uma nova inclinação confessional e uma profundidade emocional consistente. ESTE é 2Pac, o artista que mostra a alma, a base do imenso respeito que ele comanda na comunidade hip-hop. É seu trabalho mais tematicamente consistente e menos contraditório, cheio de reflexão genuína sobre como ele chegou onde está - e temor das consequências. Mesmo as faixas mais combativas ("Me Against the World", "Fuck the World") reconhecem a vida de alto risco que ele está vivendo e param para se perguntar como as coisas chegaram tão longe. No geral, Me Against the World pinta um quadro sombrio e niilista, mas há uma qualidade tão honesta e auto-reveladora que não pode deixar de transmitir uma certa esperança simplesmente por meio de sua humanidade. É o melhor lugar para entender por que 2Pac é tão reverenciado; pode não ser seu álbum definitivo, mas pode ser o melhor.