[Intro]
— Yeah, yeah
— Ayo, Black—tá na hora (Pode crer, é a hora, mano)
— É a hora, mano (Firmeza, mano, começa)
— Yeah—diretamente das masmorras do rap
— De onde os neguinhos falsos não voltam
— Eu nem sei como começar essa porra, aí—se liga...
[Verso 1]
Rappers, eu derrubo eles com esse estilo suave
Que eu mando, musicalmente infligindo a composição
De dor, eu sou tipo Scarface cheirando cocaína
Segurando uma M16, se liga, com uma caneta sou extremo
Agora, apenas sobraram buracos de bala na minha porta
Vestido com o estilo das ruas, com minha 9mm e eliminando meus inimigos
'Cês já sabem meu estilo, dentro ou fora das estações
Eu guardo um pouco de E+J, sentado na beirada da escada
Ou nas esquinas apostando uma grana num jogo de dados
Tirando sarro dos viciados tentando vender uns alto-falantes quebrados
Bolos de granas descolados ligeiros, neguinhos sempre falando merda
Me lembrando da última vez que a força-tarefa apareceu
Neguinho passou voado pela quebrada atirando
Hora de começar uma revolução, matar alguém, e vazar pra Houston
E se eles nos pegarem desprevenidos, a MAC-10 vai aparecer, e...
Vou correr ligeiro tipo chita com pensamentos assassinos
Peguei a MAC, falando pros manos "Afastem-se!", a MAC disparou
A negada ficou ligeira, um correu, eu acertei ele pelas costas
Tinham umas minas gritando, meu braço tremeu, não conseguia olhar
Pressionei o gatilho de novo, ouvi um clique, "Porra, minha arma tá emperrada!"
Tentei engatilhar, não atirava, agora tô em perigo
Finalmente eu consegui ajeitar e vi três balas presas na câmara
Então, agora tô saindo vazado para a entrada do prédio
E tava cheio de crianças, elas nem sequer perceberam que eu tava chapado
(Então, o que tu quer dizer?) Parece que o jogo já não é mais o mesmo
Tem jovens puxando gatilhos, trazendo fama à seus nomes
E reivindicando uma área, bancas sem armas desaparecem
Em plena luz do dia, moleques ladrões, caem pra cima da gente
Com .45’s e escopetas, MAC's na real
Os mesmos neguinhos te roubam todos os dias, tomando sua grana
Na escuridão, havia um caguete na quebrada levando neguinhos a morte
Então, segure teu produto até o preço da coca baixar
Eu conheço esse viciado que disse que ela fumou uma pedra da boa
E se foi bom, ela pode trazer mais clientes e levar tudo
Mas aí, 'cê tem que ficar ligado mesmo na surdina
Informações privilegiadas tem derrubado neguinhos grandes e suas esposas
Fica mais profundo que meu próprio suspiro
Eu nunca durmo, porque dormir é o primo da morte
Além das paredes da inteligência, a vida é definida
Eu penso no crime quando eu tô no Estado Mental de New York
[Refrão (x4)]
Estado Mental de New York
[Verso 2]
Tenho tido sonho que sou um Gangsta, bebendo Möet, segurando TEC's
Tendo certeza que a grana tá entrando, e então fazendo...
...investimentos em ações, dominando áreas pra vender crack
Vencendo tiroteios contra a guarda policial
Mas sou apenas um neguinho andando com o dedo no gatilho
Descolando grana alta até meus bolsos ficarem cheios
Eu não sou o tipo de cara feito pra tu testar a paciência
Me passa a Smith + Wesson, deixando a negada pelada
Pensando na grana entrando, Buddha e proteção
Nunca se frustrando, eu vou sequestrar um Delta
Em PJ, enquanto minha fita toca, balas são perdidas
Vadias novinhas são abatidas, cada quebrada é tipo um labirinto
Cheio de neguinhos presos, e mais, Island já tá lotada
Pelas histórias que eu ouço quando meus manos voltam
Mano, eu tô vivendo onde as noites são negras
Os viciados se digladiam por crack, eu apenas aproveito, sonhando em aposentar
E curtir tipo Capone, com esquemas de drogas aramados
Ou uma vida de luxo legalizada, anéis cheios de diamantes, casas...
Eu tenho muitas rimas, e acho que não tô muito são
A vida é um paralelo do Inferno, mas continuo firme
E próspero, mesmo que vivamos no perigo
A polícia podem me prender, nos culpando, somos mantidos como reféns
Meu único direito foi nascer pra usar microfones
E as coisas que escrevo são mais duras que represas
Eu tô levando os rappers a um novo nível, através dum rap lento
Minha rima é uma vitamina sem uma cápsula
O criminoso ardiloso com batidas bombando
Nunca me coloque pra tocar em seu som com defeito...
A cidade nunca dorme, cheia de vilões e assassinos
É isso que aprendi do meu corre, tive treta com uns malucos
Eu sou viciado em tênis, Buddhas de 20 pratas e vadias com beepers
Nas ruas eu posso te cumprimentar, falar sobre baseados contigo
Inspire-se profundamente pelas palavras que eu respiro
Eu nunca durmo, porque dormir é o primo da morte
Eu fico perplexo quando volto para tempos passados
Nada é equivalente ao Estado Mental de New York
[Refrão (x4)]
Estado Mental de New York